terça-feira, 20 de outubro de 2015

domingo, 4 de outubro de 2015

Tenho em Ti


Tenho em mim um desejo que desconheço

tenho em mim um desassossego que estranhamente conheço.
Tenho em mim muitas pausas, muitas frestas.
Tenho em mim um silêncio que grita, um grito que adormeço.
Tenho em mim um vazio que pouco a pouco adormeço.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Ela aprendeu a lamber suas feridas, sozinha. Quanto mais sangra mais necessita lamber. A dor é evidente, não aparente. Acoada, ataca! Está com medo, muito medo do que poderá vir acontecer. Não tem palavras para explicar,não tem força, está cansada, muito cansada em sobreviver. Precisa de um tempo, de instante para que o medo encare o possível, somente o possível.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

sabedoria?

Não somos o que completa.
Nós somos o que desacomoda, o que sussurra,
o que ousa, o que estranha.
Sou o avesso!
Busco o silêncio de cada palavra dita,
compreendo o que subverte
e inverte minha sabedoria!

espanto

Deixe que a ousadia traga o espanto para o viver.
Quero que o espanto revele o que desconheço.
Que o desconhecido fortaleça minhas incertezas
e, que o silêncio mostre toda a sua sabedoria
em conhecer.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sou?


Sou a construção
a provocação
Sou o espanto
que aprendeu a ler
no corpo
o que não via, nem sentia.
Sou o que nunca pensei
Ajo como o Tempo
que tempera no vento
as saudades vividas
e as dores compreendidas!

O que fica em Nós? Quem somos  Sós?


            De todos os olhares que perpassaram a minha vida um é surpreendentemente especial! Especial na medida em que faz compreender uma dor que corta, que rasga, que sangra, que dói. Aprendo também a amar! Amar risadas, amar provocações, amar o espanto, o silêncio, o encanto! Nesta construção dialética entre Ser, estar e permanecer compreendo que Somos a partir do instante que entendemos que estando na presença, permanecendo com ela nasce o que chamamos de Eu. O Eu formado pela pitada de cada olhar que passa em nossas vidas dando forma a um corpo vazio. Se somos a construção de todos, como sermos Sós? Estar Só é um estado e não uma condição. Por isso, esta inquietude que sinto e trago impressa tatuada em mim é a ponte entre querer Ser ou Estar.

segunda-feira, 2 de março de 2015


DUO
Às vezes sofremos de ausências, em outros momentos de permanência.
Permaneço no que habita em mim.
Ausento o que transcende.
Busco na permanência a compreensão
do sentido
Na ausência, o entendimento do que não sou,
mas me faz falta.