sábado, 12 de junho de 2010

Verso

Meus dedos tocam tua face
com a intensidade de um querer.
Lentamente calo tua tristeza
encurtando o abismo
do olhar.
Acalento teus sonhos
versando a emoção
liberta da dor.


Tua lembrança

O instante da tua lembrança
que escapa por entre minhas mãos
consolida a certeza
do tempo esquecido.
Fecho desesperadamente meus dedos
para ter um fio
do que restou
de um amor.

É...

É preciso querer!
É peciso desejar!
É preciso ir em busca
do instante que fará parte
do nosso tempo vivido intensamente.

acaso!

O acaso faz com que pensemos
se o que acreditamos
realmente é verdade
ou apenas ilusão!

sábado, 5 de junho de 2010

Felicidade!

A melancolia sentida por uma despedida
é expressa por palavras silenciosas,
cuidadosamente tecidas pelas minhas emoções.
Porém,
a felicidade se instaura,
no momento
que a lembrança tua,
traz um sorriso nos lábios!

lágrimas

Ouço uma música alta
o bastante,
para ter certeza
que não escutarei
minha alma sentida
pela tua partida.


Fito

Nos meus sonhos mais loucos
fito teu olhar em qualquer corpo
descobrindo que te reconheço
a partir do que sou!

louco

Quero o beijo mais louco
de um sonho insano
busca de corpos
que encontraram
o olhar da alma.

Viver

Adoro correr o risco de Ser
gosto da inquietude instaurada
por uma emoção
que, de repente,
invade o vão escondido
por Mim!

Outono

Um vento no rosto
um olhar ao sol
fechar os olhos e deixar
que o tempo nos leve
de volta, bem devagar
as melhores lembranças
um dia de outono!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Encanto

A vidraça envelhecida conhecia a melancolia daquela menina, a cada suspiro uma lembrança de um tempo remoto vivido intensamente em seus sonhos perdidos. Silenciosamente calava seu amor e olhando para a vidraça, embaçada pelas memórias, confiava mais um segredo. Cantarolava ao tempo seu amor e sabia que um sopro acordaria a melodia conhecida por eles, seduzindo o silêncio e, trazendo, por encanto, o amor da sua vida!

Ela confessou seus sonhos mais loucos e seus medos mais insistentes. Relutou em perceber, que o tempo constrói as lembranças do que não aconteceu. O vão deixado pelos sonhos assombrava suas noites e encantava seus dias. Fitou o olhar perdido da sombra e encontrou o sorriso guardado na memória que não conseguia esquecer.
Olhando fixamente para o espelho seu olhar refletia mais do que ela poderia acreditar, tentava explicar que tudo não passava de uma grande loucura. Mas o que é viver senão deixar que a loucura faça parte da razão? Fechou os olhos e olhou para a estrela vista do seu quarto, buscando algo mágico, uma palavra, uma lembrança, um instante perdido em algum lugar do tempo. Nada foi suficiente, o caos instaurado da lembrança fazia parte dela como uma inscrição na alma. Sorriu para a expectativa sem medo de tentar ser feliz!