quinta-feira, 27 de agosto de 2009

escárnio!

A alegria
de um amor
deu espaço
pra um dor jamais sentida
mas há muito
tempo
conhecida.

pre sentir

Instante
de um tempo abstrato
sombra de um
Vento
que pressente
que o verbo
presente
refugiou-se
no ausente passado!

cantoria!

Minha alma
é uma canção
que só existe
na medida
que tu cantarolar!

Silenciada!

A paixão é a desobediência à razão
inscreve na alma a liberdade
em Ser
Somos o que somos
movidos pelo desejo
que impulsiona
o caminho do afeto
silencio a razão
tempo
da minha emoção!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sábado, 22 de agosto de 2009

tão perto

Cheguei tão perto!
Tenho em minhas mãos tua cabeça
cansada
meus dedos entrelaçam teus cabelos
desalinhados
minha respiração acelera
contemplo
teu sorriso
Toco em teu rosto
com a delicadeza de um afeto
exponho no toque
um querer
que jamais desejei
olho em teus olhos
reflexo de Nós.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mundo vão!

No vão do meu silêncio busco a palavra exata, a rima que confirma o que sinto para que possas reler meus pensamentos. Olho para minha janela descascada com riscos que o tempo marcou em meus sonhos, cada rasura uma lembrança vivida ou sonhada. Em meu corpo, cada ruga, um sonho acordado sem ti.

Buraco na alma.

Sonhei que caminhava por entre casas envelhecidas, quando de repente, meus olhos fixam um lugar, estranho talvez, mas meu lugar. Nunca havia por lá habitado mas, senti que de alguma forma eu pertencia aquele lugar. Meus passos ficaram em dúvida, as pernas não respondiam ao meu medo. Um cheiro forte de almíscar me trazem lembranças que não vivi mas, que são tão presentes, pressinto teu lugar à mesa de uma sala inventada, chego bem perto da porta. Os riscos e manchas mantém um segredo do passado, um buraco muito pequeno é visto, me aproximo com a delicadeza de um sopro, abaixo-me em busca de uma resposta. A incerteza em meus olhos descortinam um espaço cuidadosamente arrumado, danificado pelo tempo que deixei passar.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Amor meu grande amor!

Escuto uma canção
que vem de longe
com meus passos
leves
aproximo nossos corpos
uma dança inicia-se
cinestesia
a respiração
conspira
inspira
transpira Nós
fecho a janela
desligo o som
escuto um suspiro
constante
cantas
pra Mim.

domingo, 2 de agosto de 2009

encontro

O olhar da menina
compreendeu
a emoção
repentina
de um Tempo
esquecido
o medo paralisante
deu lugar a batida
insistente de um coração
que pulsava por compreender
a Dor
Instante, que provoca
Palavras, que desestruturam
a ordem desestabelecida
um novo momento
movimento
um olhar devora dor
encontro
de Nós
nascimento de Mim!

De repente não mais que de repente

De repente
eu vi passar
um lugar
uma emoção
a canção entoada
no verso
da saudade
De repente
eu senti
a saudade
vivida
liberta no vão
do meu olhar
De repente
lembrei de você
e aprendi
que amar é não deixar
Morrer!

Tão meu!

Olho as nuvens
da minha sacada
o leve movimento
do vento
mostra um pedaço do céu
vejo que nem tudo está
ao meu olhar
no instante
que paro e reflito
revejo as manhãs
vividas e sentidas
por muito amor
cada sensação
é recomeço
cada emoção
uma lágrima,
que ao descer lentamente
por meu rosto,
reflete uma vida
que não quer morrer!

Infância!


Perda

de Ti

reencontro de Mim

Me encontro

na saudade

escuto vozes

doces lembranças

de infância

Retornar é viver

renasço na emoção

contida

no verso que está

sendo escrito

Vejo teus olhos

e reconheço quem sou

estabeleço o limite

Sinto

o vento leve que faz

o movimento

de dentro

que me leva

suavemente

ao meu lugar!