segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sou?


Sou a construção
a provocação
Sou o espanto
que aprendeu a ler
no corpo
o que não via, nem sentia.
Sou o que nunca pensei
Ajo como o Tempo
que tempera no vento
as saudades vividas
e as dores compreendidas!

O que fica em Nós? Quem somos  Sós?


            De todos os olhares que perpassaram a minha vida um é surpreendentemente especial! Especial na medida em que faz compreender uma dor que corta, que rasga, que sangra, que dói. Aprendo também a amar! Amar risadas, amar provocações, amar o espanto, o silêncio, o encanto! Nesta construção dialética entre Ser, estar e permanecer compreendo que Somos a partir do instante que entendemos que estando na presença, permanecendo com ela nasce o que chamamos de Eu. O Eu formado pela pitada de cada olhar que passa em nossas vidas dando forma a um corpo vazio. Se somos a construção de todos, como sermos Sós? Estar Só é um estado e não uma condição. Por isso, esta inquietude que sinto e trago impressa tatuada em mim é a ponte entre querer Ser ou Estar.