domingo, 22 de dezembro de 2013

ventos

Dancei meus cabelos ao Vento
para compreender que todo 
movimento é a busca
do sentido que damos
ao recomeçar!

meu sonho

Enrubesci minha alma
ao revelar aos meus olhos
que viver é alimentar
o sonho impossível!

árvore

O tronco forte da árvore
da minha vida
tem ranhuras que o Tempo deixou.
Em cada fresta encontro um pouco
do que vivi.
Em cada dobra recrio
na sombra a imersão
do que sobrevivi.

sem ser

Busco a essência no teu olhar
do encanto das palavras
que construímos no vão
de uma emoção sentida. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Distância

Corro,
olho para trás procurando meu futuro.
As imagens que vejo,
,em câmera lenta,
quadro a quadro
denunciam
o quão perto
estou em Ti.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

off

Olhei em meus olhos
contidos em Mim.
Acenei ao presente
um amanhã
que virou passado
sem eu perceber.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

horizontalidade

Sou inquieta! Na inquietude em que vivo descubro a beleza em ser quem eu sou. A cada instante vivido, em cada dor suportada encontro um pouco mais de mim. O desconhecido faz a sensação do frio na espinha, conhecedor de quem não tem medo, virar o jogo. Gosto de jogar, gosto da aventura em saber sempre mais. Um bom jogador é aquele que vê na incerteza um novo caminho, um novo renascer. Renasço a cada dia nas situações mais insuportáveis e menos previsíveis. Somos capazes sim de ver sempre um novo caminho quando não se espera pelo horizonte. O horizonte é linear mas, são nas pequenas curvas que me encontro. Hoje, olho sempre para trás com o entendimento do que sobrevivi. Sobrevivo além do que espero de mim. Busco nos cantos em que habito sentido nas circunstâncias como são colocadas. Não sei viver na horizontal, preciso da verticalidade para desconstruir um horizonte que não existe. A impermanência é vista como arte e, criar raízes seguras é para quem não vê na vida a poesia invisível em sentir. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

FOME

 Devoro a tua fome com meu olhar faminto de mim. 
A expressão da ilusão transparece entre nós, 
mutação do acaso. 
Transformo o amanhã em intuição que paralisa a minha emoção. 
O meu amanhã, miragem do desejo, sussurra o desconhecido.  
O que guardo em meu sótão além do que já vivi? 
A estranheza em conhecer o desconhecido. 
Encosto a minha cabeça no encantamento perturbador. 
O pranto confessa 
que a palavra liberta o que realmente sou.

Caixa de Pandora

     A reflexão é uma arte, assim como escrever é um ato de coragem! Viver é uma arte, mas dar sentido a ela é o que considero obra. Somos todos artistas em busca da compreensão dos fatos, das sensações e sentimentos das nossas vidas. 
      A vida de cada um de nós é uma gigantesca caixa de Pandora. Todos nós ganhamos uma de presente ao nascer. Ao crescermos, abrindo-a ou não, todos os nossos medos, temores, aflições, desenganos, decepções, abusos, abandonos, traições começam a imergir. Uns bem lentamente, outros latente. O nosso propósito é encontrar o toque suave, o sopro macio que fará a caixa fechar lentamente.
Porém, depois que descobrimos o que nela havia, nossas vidas mudam radicalmente. A caixa será aberta! Basta saber se nós estaremos preparados para abrirmos a nossa. 
    Eu recebi uma enorme, com um laço imenso, mas delicado. A minha caixa é bem maior do que a média. A cada dia, ao acordar, lembro de vê-la em algum lugar da minha estante. Tento esquecê-la num despiste infantil em acreditar que aquilo não vejo, não pode existir. Tenho uma relação harmônica com ela, desigual, mas em harmonia. Desigual pelo fato que ela abre e me presenteia quando quer, com mais desafios e dores do que com alegrias e amores. Mas credito a ela todo o meu conhecimento e as minhas grandes surpresas também. Penso: se não tivéssemos a nossa caixa de Pandora como compreenderíamos as nossas dores, os outros? Que empatias teríamos? Quais os elos existiriam para este entrelaçamento? 
   Ao abri-la deparo-me com a minha curiosidade, com a disponibilidade em querer entender o caos aparente. Assim pude perceber que podemos controlar nossas reações, mas nunca o que está para acontecer.
   Gosto da minha caixa, nas madrugadas longas de insônia, vasculho a estante procurando encontrá-la. Mas a verdade é que nunca encontro-a fora. Travo uma busca incensante onde sou vencida pelo cansaço e pelas dúvidas que ela provocou. Lentamente organizo, ou não, meu pensamento e escrevo tentando dar uma resposta para ela. A busca sempre fez parte de mim.

maybe


Talvez eu queira ficar
sozinha
talvez eu queira 
companhia.
Talvez eu saia 
por aí
talvez eu queira
encontrar um lugar.
Talvez eu tenha
que ir
talvez tu queiras que eu vá!
Talvez eu queira
somente um olhar
de quem sabe
fazer lindos penteados
soltos pelo ar!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

close

Com o tempo aprendi a contemplar
a vida através dos nossos olhares.
Hoje acordei, 
de olhos fechados.

madrugada



Sento na minha rede e balanço a minha solidão. Ela precisa ser acalantada para sentir-se leve. A melancolia que ela traz no seu balançar remexe a emoção. Olho para as minhas lembranças que a cada dia ficam mais distantes de mim. Um rosto que aos poucos vai ficando embaçado, uma voz que ecoa com o som, mas sem o tom. A emoção traduzida na palavra que sela os momentos vividos intensamente. Sei falar mais da dor do que de amor. Apesar de ter sido por amor que entendi a dor. Paradoxo do viver! Acendo a vela e o incenso, as letras conseguem traduzir em palavras o que chamamos de solidão. Não tenho com quem compartilhar o som. Abro uma coca cola. A pouca luz faz com que os pensamentos fiquem mais leves, não gosto da escuridão. O movimento da chama aquece minha alma. O silêncio absoluto é interrompido com a estridulação do grilo que canta para quebrar a monotonia da noite. Revisito meu olhar para compreender o meu espanto e a minha intimidade com a solidão. Ouço Norah Jones, Adele e entendo que o meu espanto está em descobrir que estou acompanhadamente só.

querer

Com o sopro do Vento
compreendo que a ausência
é a melhor compreensão
do Tempo 
em que te quero! 

Autorretrato


Olho para a tela em branco. Busco a inspiração revisitando meus sonhos. As primeiras pinceladas faço num tom de esperança. Descubro em cada traço marcado, pichado na tela a revelação das marcas silenciosas expostas em meu corpo. Solto o pincel! Não quero nada entre mim e a criação. Com as mãos sujas de tinta deslizo delicadamente meus dedos fazendo pequenos borrões. Curiosamente leio em cada borrão um pouco do que vivi. Sonhos achados e perdidos misturam-se às lembranças vividas e recriadas, Afetos que dão forma a um corpo Só.
Fixo meu olhar na tela semipronta, um aparente caos de cores acabam por trazer a lucidez poética. A tela inacabada suscita contornos abstratos que o tempo moldou com os olhos da alma. Reconheço na obra, algo muito familiar

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Ao teu lado

Um homem busca freneticamente o sentido da sua existência. O medo ora visto como infantil toma a proporção de uma calmaria assustadora, medo compreendido em silêncio. Seus dias e noites sopram o desejo febril de mudança. Fecha os olhos e descobre que necessita desapreender algumas certezas para estar Só ao lado dela.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

teia

A mulher Teia lê na compreensão
dos buracos,
 deixados por ti,
o encerramento do entrelaçamento
que um dia chamou de sonhos
e ele de escolhas.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

amor

Encontro um homem que lê em meu olhar
o que ninguém escreveu.
As palavras não precisam
de tradução
o essencial está na cumplicidade da relação.
Amo este homem em cada detalhe
antes imaginado
e agora revelado
no silêncio de um olhar.


domingo, 8 de setembro de 2013

suave

Olhei em teus olhos
estiquei minhas mãos
o abraço silencioso
selou os medos
encorajando
a suavidade da vida!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Quando encontrei teu olhar

Amei-te no olhar da sombra que nossos corpos deixaram na ausência do encontro.
O vento trouxe, em pequenos movimentos, o reflexo, a permanência do Nós! Te amo como o sopro de uma linda manhã, que traz através da cortina da minha alma a dobra do que somos. O que está impresso e expresso em nossa alma é a dobra do olhar de dentro. Dobras como movimentos de abraços que refletem o que sentimos. Tenho em mim, tatuada no meu olhar, o registro do instante que me apaixonei pelo teu olhar!

amar

Tua maneira de amar
silenciosamente
trouxe a tradução
do sopro do Vento
que ouvi da minha
janela.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Café na cama

Sonho com uma  casa  construída com lembranças passadas e futuras, com desejos e amores compreendidos pelo silêncio do Tempo. Vejo em nossa casa uma linda colcha tecida com o vento do nosso tempo que ressignifica nossos olhares perante a vida. Ela aquece a cama do quarto sonhado. A porta sempre aberta revela ao escultor e sua obra que o jardim das lembranças serve de aconchego à alma fria, que vai moldando os quereres dando uma nova forma à vida. Esta casa, com ranhuras nas portas, cicatrizes transformadas em tatuagens, contam a história passada com tintas do presente. As paredes manchadas com gozos nunca vividos mas muito sentidos acalentam as dores de um novo amanhã.  Este lugar é nosso! Secreto sonho partilhado pelo mistério de se viver sempre Nós!

Será?

                   Caminhei por um longo Tempo
                            até compreender
                              que tudo tem
                              um dia e hora
                            para recomeçar!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

(...) Entre lençóis cobertos por sonhos, a colcha tecida com o calor que desnuda a alma, revela o maior amor sentido.
Acordo ruborizada com as lembranças vividas. Estava a pouco tempo entre os braços do amor. O corpo ainda suado, o gozo sem medo deixando—me levar pelo balanço das pernas que sabiam o caminho, selam e acalantam o coração envolto de emoção.
O calor com aroma da volúpia chancela o lugar seguro. Pertenço, minha alma outrora vazia, da vazão ao Nós.
Lentamente cubro o corpo, leve e ainda trêmulo, vou até a janela saudar o Vento que te trouxe até mim. Um aroma percorre a escada, sinto o cheiro do teu café;

palavreando


" A palavra intensa não expressa o sentido, o sentimento, apenas o torna visível a compreensão."

domingo, 18 de agosto de 2013

Esculpir a vida

Gosto de ler-me
de não compreender
o incompreensível.
Gosto de desafios
gosto de gostar de.
Esculpo a vida com o detalhamento 
da emoção sentida,
moldando, ajustando
percorrendo um caminho
de autoria da obra.
Somos obra e escultor,
mergulhamos na imensidão
que nos habita
traduzindo em arte
o que chamamos de 
sobreviver!

domingo, 4 de agosto de 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

subo o solo

Escrever é a revelação
 de quem realmente
eu sou
de como 
sinto
de como
sonho
de como
sofro
de como
acredito
de como
encontro o subsolo
que está em Mim.

back

Quero saborear
cada instante
de Mim.
Quero compreender
cada sensação
Minha.
Quero partilhar
sonhos.
Quero a leveza
do sopro que sempre
ouvi de Mim!

crescimento

Ao fugir dos nossos medos
acabamos por aproximarmo-nos.
A fuga é a certeza
da permanência.
O encontro,
o ver, o sentir, o analisar
o falar, o ouvir, o des cobrir
traz o distanciamento
da dor 
e a vida passa a ser
compreendida.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

passado

E o que somos hoje
senão a construção
do que fizemos ontem,
senão o recontar uma trajetória
nem sempre vivida
mas intensamente sentida.

vivendo

Por mais difícil
que pareça ser,
nada é tão ruim
que não se possa
Viver!

andanças

Eu vivo de frente
para trás
encontro hoje,
o significado
do que antigamente
não havia um sentido.

domingo, 23 de junho de 2013

contradição

Sou a construção
das minhas dores,
o entendimento
dos meus amores
, a contradição
das minhas emoções.
Sou um corpo vazado
constituindo-se
aos poucos,
por aquilo que 
ainda não sei de Mim!

sábado, 15 de junho de 2013

mãos

Com as mãos estendidas
ele acolheu a alma
perdida
daquela menina,
,dialogando com as incertezas
provocando as certezas
silenciando a dor
ressignificando a palavra Amor!

feliz ;)

Com pequenos gestos
suaves
a menina toca
lentamente
a tecla que, 
de letra em letra,
expressa
o que entende por felicidade.



sabores

Por mais incrível
que pareça
uma dor
quando encontra
amor
repele
quando deveria
saborear
uma nova rima.

o som do silêncio

Com um suspiro ao Vento
ela pediu ao Tempo
alguns segundos
a mais, 
para compreender
o silêncio que tudo dizia.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quero.

Quero compreender o grito
que cala a dor da alma
daquela menina.
Quero escutar o silêncio
traduzido em versos
poéticos.
Quero calar a fome
das palavras não ditas e,
pouco digeridas!
Quero entender o que ainda
não faz sentido
autorizando à intuição
a  ser certeza 
de toda emoção.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

grafia

A emoção silenciava
as palavras soltas ao vento
em cada sopro
um novo sentimento
gritava por entendimento.
Deixa a palavra registrar!

certo!

Com o Tempo
ela respondeu ao Vento
que a tempestade era 
apenas o início
de uma calmaria.
O movimento tanto esperado
trazia um novo olhar para
o que parecia inexato.

Cada vento no seu Tempo

Com a janela da alma
em conflito
ela respondeu ao Vento
que tudo aconteceria
no Tempo certo.

lirismo do tempo

No princípio era só saudade,
com o tempo
transformou-se em uma lírica
lembrança
de doces ventos
que sopravam a alma
daquela menina.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

traduction


No início era apenas
tormento
um vento forte
sem direção
que aplacava tudo
deixando sem resposta
tanta indagação!
Depois do Vento,
uma brisa de ventania
soprou a alma
buscando
mostrar o que a emoção
não conseguia significar.
Mas um Belo, tempo,
traduziu em palavras
de afeto e cuidado
o que escorria
pelas mãos da menina.
..A vida líquida..
percorrendo, compreendendo
que todo sentimento
toda dor
tem uma palavra
um som
um gesto
que traduz um ser em si.
Traduzo-me em versos.

douleur

Por mais silêncio que eu
faça,
jamais conseguirei calar
a dor que invade
minha alma
pretrifica
meu corpo,
,mas contrariamente,
dá sentido
ao vazio!

Dance

E a menina resolveu
...dançar, dançar, dançar...
rodopiou seus sonhos
tonteou seus medos.
Buscou no movimento
contínuo
 uma expressão
do vazio que preenchia
cada vez mais a sua alma.

domingo, 26 de maio de 2013

miragem

Aprendemos com o tempo
que nem sempre o tempo
é o tempo desejado
que embora tenhamos
a sensação de conhecê-lo
apenas deles somos sabotados!

início

Contemplando o mar ela pensa em como não perde-se. O ar falta em seus pulmões, as lágrimas rolam com tanta intensidade que parecem o movimento das ondas ao  encontro das rochas. As ondas fazem um movimento contínuo... descontínuo mas as rochas não perdem a imponência em ser Rocha! Hoje ela encostou o rosto entre as mãos, pois não queria olhar para frente. O que não via não poderia existir. Mas ela percebeu que, ao olhar para dentro, rompia com a acomodação estabelecida. A dor que invade não chega de mansinho, ela irrompe, interrompe a calmaria...anunciando o fim. O fim do que foi um sonho,o fim do que foi desejado, o que sempre esteve nas entrelinhas. O sentimento é imutável, o querer perturbador e a dor demarca o seu lugar! Do alto da montanha ela pergunta qual é o seu lugar? Para aonde ir? Como será viver? Perguntas sem nenhuma resposta.O que ela sabia é que para sobreviver precisaria resistir e abandonar. Abandonar suas promessas, abandonar-se para seguir um caminho, novo, mas antes percorrido!

what?


E a menina que sentia no Tempo,
a esperança de um novo movimento,
cresceu sem compreender
porque o vento não trouxe as respostas
que ela fazia.

Assopro

Toda intensidade 
da palavra
falada
reflete
remete
inverte
a ventania
provocada
pelos teus
lábios
em meu olhar!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Lábios

Ouso compreender
o silêncio
que habita
teus lábios
mas que pulsa
em teu olhar.
Contradição
como forma de proteção.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Apenas amor!

Na alma pequena
do olhar daquela menina
ele encontrou
o maior amor da sua vida.
Deu uma piscadela
para que o movimento do olhar
selasse a descoberta.


maremoto

Quando vi a janela do teu olhar
contemplei o balanço
do mar
que trazias em tua alma.

omission

Na contradição das palavras
uma virgula
separa o sujeito da ação
deixando-o
omisso.

traduction

Um corpo torturado
encontra no vão da emoção
a explicação
para tanta dor!

Stop

Meu caminho
de tantas idas e retornos
deparou-se
com o inusitado,
;bifurcou
minhas ideias
sugerindo
que eu ficasse onde estou!


reprise

Quando ouvires:
 deixei a alma partir
saibas que encontrei
o que tanto procurei.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Barata

E a menina descobriu
que precisar de um olhar
não significa fragilidade
nem tampouco dependência.
Apenas resgata o afeto
escondido
pelo medo torturante
que sufocava.
Esta menina
,agora,
olha para cada momento
com a capacidade de surpreender-se
com medo sim
pois viver
é como se respirássemos
pela primeira vez!

domingo, 28 de abril de 2013

sábado, 27 de abril de 2013

Nem tudo...

Nem tudo o que vejo,olho
nem tudo o que escuto, ouço.
Nem toda razão, silencia a emoção
nem todo medo, revela um receio.
Nem toda palavra professada
significa compreensão.
Nem todo silêncio, significa rejeição.
Às vezes o movimento
é apenas: Revelação!

cegueira

Tem momentos em que precisamos
ouvir o silêncio da nossa
alma
para compreender
a inquietude dos nossos
olhares.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

verborragia

Ao refrescar a memória
reencontro um passado
tão presente
que o futuro virou apenas
conjugação.

désemparés

E a menina descobre
em cada movimento lento
das palavras sem sons,
que todo silêncio
revela um distanciamento
entre o que pensava saber
e o que realmente entendia!

domingo, 21 de abril de 2013

âme!

O movimento da alma
trouxe a menina
a possibilidade de ver
entre as frestas do vento
que o tempo
somos nós que escrevemos,
deixando gravada cada palavra,
,em nosso caminho torto
a esperança de um novo
amanhecer.

vazio

No silêncio
do meu olhar
encontro as palavras
que completam
o que vivi sem poder
sentir!

amo

A intimidade oculta
em nossas palavras
calaram a inquietude
de uma alma
em busca
do efêmero.

puissance

Toda escolha requer uma renúncia
mas nem sempre uma renúncia
significa a escolha assertiva.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

ne m'abandonne pas

Ao caminhar por entre medos e desejos
meus pés encontraram os teus,
,trilhamos os mesmos caminhos
pegamos desvios diferentes.
Observamos as curvas
e entre uma esquina e outra
nossos pés voltaram a trilhar
uma nova rota.
Deixando a alma pegar uma carona
No Vento de um Tempo
só nosso!

nada

De tudo ficou um pouco
do pouco nada ficou
e se ficasse, faria diferença?

nada&tudo

Do tudo
eu quero um pouco
do pouco
eu quero Tudo!
um pouco de tudo
ou um tudo do pouco?

terça-feira, 16 de abril de 2013

domingo, 14 de abril de 2013

como seria bom

Como seria bom
se nossas mãos
selassem um olhar.
Como seria bom
se o Tempo acompanhasse
nossos sonhos.
Como seria bom
se o encontro dos nossos
lábios
calassem nossos medos.
Como seria bom
se minha alma
fosse acalantada pelo teu
sorriso.
Como seria bom
transformarmos o ponto final
em reticências. 

Todo amor!

Todo amor é sublime
quando o que está 
em jogo
é admiração da essência
que vejo em teu olhar.

Escolhas

Dois corpos encontram-se
dois olhares cruzam o destino
já traçado.
Escolhas da Vida
que nem sempre fazem sentido
a emoção. 

confesso

Ao compreender teu olhar
vi refletida a imagem
de um futuro sonhado
mas impossível de confessar.

terça-feira, 9 de abril de 2013

conjunção

Meus pés compreenderam
que o retorno,
ao passado,
era presente e,
que só sente
quem compreende o instante
do Agora!

ensejo

A luz da noite
reflete a inquietude
da minha alma
espelhada
no mar do teu desejo.

hein?


Quando abri a cortina
do meu olhar,
esqueci que podias
espiar
notando
o que não queria te contar!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

reflexo

De um esboço
pintei meu corpo
desdobrado
em emoções,
interpretadas pelo olhar
curioso da noite;

luar

Gosto do contorno
dos nossos corpos
dançando à luz
de velas
na veneziana
dos meus
pensamentos.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

conquista

Interroguei
a alma do Tempo
para compreender
a ventania 
que está chegando.
E com palavras
sopradas ao Vento,
,por Ele,
Ela compreendeu
que a vida
encontra-se
na imensidão
de todos Nós!

mãos



Tenho em mim
as marcas profundas
de uma dor
entendida
pelo afeto do teu olhar.