sábado, 22 de junho de 2019

O vazio é o espaço não habitado da emoção.

Ela deitou seus cabelos emaranhados no travesseiro dos sonhos. Com seus dedos finos tentou sentir o que atravessava sua alma. Chovia dentro da sua emoção e machucadamente percebeu que o Tempo, numa contagem regressiva, anunciava a distância e aproximava a solidão. Desejava surpreender os Nós que os emaranhados assombravam com estranheza. Sentia no estranho certa beleza! Mas seus dedos delicados teciam uma inquietude que revelava: esquecer é desistir. Com um suspiro de poesia encontrou a nudez e a mudez de uma emoção, transbordando a grandeza em querer!

Foi

Foi amor,
Mesmo que pareça insano
Salvei o que restou
Com meu silêncio ensurdecedor.