segunda-feira, 8 de outubro de 2018



Ela une o mar com seu olhar. Pega pelo instante do inesperado, algo totalmente sedutor e desconcertante, descobre que é mais sensível e livre do que pensara. Pergunta-se frequentemente: Que espaço é esse que criei do lado de dentro que não para de crescer?
Ela tem uma embriaguez diapasã, enamora o Tempo de separação, num intervalo de si. Insinua ao Vento o que sente, devir! 
O Vento sem compreender indaga?
O que passa?
E ela que une o mar ao teu olhar respondeu:
Tudo me acontece! Tudo me toca! Legitimo o que sinto! Em cada palavra a construção da desconstrução necessária. Vivo em um grande espiral. Inicio em pequenas voltas, mas num impulso de desejo e lucidez mergulhei profundamente onde pensava não estar. Descobri que preciso demorar-me, despretensiosamente, para compreender aquele instante que tu, vento fugaz, não compreendeu.
O que importa então? Pergunta, curioso, o vento.
Descobrir quais sonhos nos sustentam! Quais loucuras são sãs!  Quais espaços ocupam nossos silêncios.
O Vento, sem pressa, responde: Ah! Descobriste o Tempo de dar-se ao teu amor.
Sim! Me coloquei em frente ao Sol!