segunda-feira, 12 de maio de 2008

DOR

deslizei pelo chão
um corpo caído
a sombra esmaecida
não reflete
o que está fora de mim
reflexo
do que sou
representação confusa
do que sinto
refração
do desejo
registro
um corpo
ardor
a Dor!

Será?

me perdi na mesma medida que te encontrei
incompreensão
de mim
compreensão do nada
fusão de tons
palavras quentes saem da minha boca
como explosões
estilhaço
de mim
um corpo torturado
pelo que sente
e ressente
não ter.
refúgio
de mim
o pensamento como
contradição
possibilidade
de mim.

sábado, 3 de maio de 2008

Aposta

Devoro-te
a palavra exata
adjetivo
o que sinto
contemplo
o que digo
a palavra
subordinada
ao sujeito
que jeito...
subornei o
Eu
apostei
no
Nós

sexta-feira, 2 de maio de 2008

re ver

Olhar pra trás
ver o que ficou
de mim
o que esqueci
de ti
Seguir em frente
acreditar
que a ficção
tem lugar
pra um certo
olhar.

domingo, 27 de abril de 2008

Mentira sincera...

Recorri as palavras não ditas
a verdade estampada
no olhar
impertinente
implorando
um movimento
libertei
o verbo
deixei o dito
pelo
inaudito.

sábado, 26 de abril de 2008

Sopro

Sopro palavras
escuto ecos
dissolvidos
em silêncio
um novo diálogo
recomeça
distanciamento
de mim
encontro
o nós.


quinta-feira, 17 de abril de 2008

propulsão

O silêncio
exorta
meus pensamentos
a alma já compreendeu
a mágoa é solidão
contrária
Ao tempo
sem ressentimento
adjetivo um nome
que carece do verbo.