terça-feira, 22 de julho de 2008

poetisa

travo
um diálogo
de opostos
ambivalência do olhar
repressão inegável
inseparável
ao desejo
temor dos impulsos
rarefação
um corpo
sem ação.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

surdez

O abismo que nos une
abandona
minhas certezas
Abstrato
pensamentos
absorvidos
por quem
não sabe dizer
o que sente
ab surdo!

deserto

Nada te faltará!
a não ser
que o tempo
leve a razão
e o vento traga
a ilusão
de volta
pra nós!

domingo, 6 de julho de 2008

lentes

preciso ver em teus olhos
que não há claridade
da sombra que deixei
preciso compreender
a intensidade
entre o meu ver
e o teu olhar.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

anima

Nada declaro aos teus olhos
tua compreensão
fragmenta
o que deveria completar
observância fugaz
de quem não entende
uma alusão
compreendo o nada
ressignifico o vão
abismo
noção abstrata
de um corpo
sem alma.

conjugação

Tempo
instante do fragmento
absoluto
lembranças recuperadas
amores desfeitos
dores perdidas
outras entendidas
processo de compreensão
ebulição de mim
saudade do futuro
que ficou no pretérito
mas, que com tempo,
poderia ser presente

Ser

Sua grande voz
era dar sentido ao silêncio
que estranhamente
pertubava
Ser a deriva
em busca profunda
do que vê
de olhos fechados
Ser
ou apenas
Não ser!
Será???