terça-feira, 11 de novembro de 2014

Retorno

A menina aprendeu a ver o olhar de dentro. Descobriu que o olhar de dentro transforma,  ressignifica o pensar. Já o olhar de fora vê a vida de maneira singular, pensa a partir do que os outros veem sem perceber que o importante  é saber sentir  o que revela um novo olhar.

Hã!

Por mais difícil que pareça o fácil é esquecer-te!

Ousadia

Sempre ousei em dizer que te amava. Sempre ousei ao encontrar em teu olhar, meu olhar. Sempre ousei em esperar que o tempo trouxesse no vento teu ardor para mim. Sempre esperei por ti mas agora despeço-me como sombra que fui de mim mesma!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

en con tro

         Pulsa em mim um desejo enorme de encontro. Um encontro inesperado. Um encontro desejado há muito tempo. Um encontro arrefecido pelas lembranças, aquecidos pelos desencontros e esperado pelo encanto. Encontro único, ímpar. Com palavras ditas e silêncios absurdos. Encontro de olhares profundos e conhecimento mútuo. Encontro comigo. 

Choro


           Um soluço profundo, um choro incontrolável anunciou que a menina havia crescido! Aprendeu a libertar suas emoções. Compreendeu que podia sempre mais. Mas também descobriu que, no momento, estava só!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

dialética

Nesta construção dialética entre Ser, estar e permanecer compreendo que Somos a partir do instante que entendemos que estando na presença, permanecendo com ela nasce o que chamamos de Eu. O Eu formado pela pitada de cada olhar que passa em nossas vidas dando forma a um corpo vazio. Se somos a construção de todos como sermos Sós? Estar Só é um estado e não uma condição. Por isso, esta inquietude que sinto e trago impressa, tatuada em mim é a ponte entre querer Ser ou Estar. 
Sou a construção
a provocação
Sou o espanto
que aprendeu a ler
no corpo
o que não via, nem sentia.
Sou o que nunca pensei
Ajo como o Tempo
que tempera no vento
as saudades vividas

e as dores compreendidas!