Olhando nos olhos rasos de quem calou fundo a alma ela soprou suas lembranças. Um frescor de saudade invadiu o peito apertado. Olhou lentamente as memórias perdidas no tempo, procurou nas ranhuras da porta parte de sua história. Surpresa percebeu que a porta estava entreaberta.
Transformo dores, amores e sonhos em poesia vivida!
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
segunda-feira, 13 de junho de 2016
sábado, 9 de abril de 2016
Ela esperava o silêncio. Acordou os sonhos para a vida. Ainda sentia o vento frio que saíra da boca daquele que um dia amou. Amou tanto que não percebeu o quanto afastava-se dele. O amor que um dia selou um encontro e uma esperança, tornou-se a bagagem. Essa foi a palavra que ecoava no tempo e no vento que soprava nos cabelos desalinhados. A vida construída, os medos, as alegrias, os sonhos desfeitos e outros tantos construídos, as vivências, o olhar de encanto no momentos que faziam amor. O toque, os suspiros, as pernas entrelaçadas, a pulsação, o coração... resumido em bagagem. Ela saiu caminhando sem olhar para o hoje. Pegou sua mala. Cuidadosamente teceu elos de ontem, hoje e amanhã. Escolheu cores lindas com nós desatados e outros tantos a atar. Sabia que a vida não caberia toda na mala. Seguiu pela estrada sentindo o calor da tristeza do olhar. Sentiu uma mão a roçar na alça da mala. Alguém que gostava, tanto quanto ela, da bagagem. Alguém que via encanto em descobrir também o que ali não estava guardado. Um contador de histórias, poeta das entrelinhas.
terça-feira, 20 de outubro de 2015
domingo, 4 de outubro de 2015
Tenho em Ti
Tenho em mim um desejo que desconheço
tenho em mim um desassossego que estranhamente conheço.
Tenho em mim muitas pausas, muitas frestas.
Tenho em mim um silêncio que grita, um grito que adormeço.
Tenho em mim um vazio que pouco a pouco adormeço.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Ela aprendeu a lamber suas feridas, sozinha. Quanto mais sangra mais necessita lamber. A dor é evidente, não aparente. Acoada, ataca! Está com medo, muito medo do que poderá vir acontecer. Não tem palavras para explicar,não tem força, está cansada, muito cansada em sobreviver. Precisa de um tempo, de instante para que o medo encare o possível, somente o possível.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
sabedoria?
Não somos o que completa.
Nós somos o que desacomoda, o que sussurra,
o que ousa, o que estranha.
Sou o avesso!
Busco o silêncio de cada palavra dita,
compreendo o que subverte
e inverte minha sabedoria!
Assinar:
Postagens (Atom)
-
Ela une o mar com seu olhar. Pega pelo instante do inesperado, algo totalmente sedutor e desconcertante, descobre que é mais sensível e ...
-
Ela esperava o silêncio. Acordou os sonhos para a vida. Ainda sentia o vento frio que saíra da boca daquele que um dia amou. Amou ta...
-
Tenho em mim um desejo que desconheço tenho em mim um desassossego que estranhamente conheço. Tenho em mim muitas pausas, muitas fresta...