sábado, 29 de março de 2008

Hasta la vista Baby!

A luz pálida entra pela janela anunciando um novo prelúdio. Nos lençóis marcas e cheiros de um passado recente, ainda durmo de olhos abertos!
O silêncio me desperta de pensamentos descontínuos e sensações perdidas. Os sentidos não são os mesmos, nem como vejo o que aconteceu. A linearidade encontro nos versos.
Levanto cambaleando, pois minhas pernas ainda tremem. Da janela, vejo pessoas a andar..procuro mas não o sei o que encontrar. Abro um sorriso, lembranças da noite que passei ao teu lado. Lembro das mão ávidas, da procura e do achado, logo sinto teus lábios famintos a procura de mim. Nossos corpos misturam-se ao cheiro das flores que trouxeste. O líquido denso..agora flui escorrendo por caminhos antes desconhecidos, exploração!explosão! Tesão!
Da fresta, observo o céu e nada reconheço. Algo mutou-se para outro lugar...mutantes e amantes...Preciso vestir-me, mas não quero perder cada sensação do toque que ainda esta impresso em meu corpo. A cama desarrumada é o retrato da forma desalinhada que me encontro. O contorno do teu corpo ainda está presente, assim como teu hálito quente e ardente que presenciei e sacie agora a pouco.
Saio à procura de uma pista de uma lembrança tua. Visto-me como quem despe-se ( como vestir uma alma nua) não tenho o que rebocar, os buracos foram preenchidos e um bilhete achado: " Hasta la vista baby!"

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