sábado, 14 de junho de 2008

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...Sua grande fortaleza era mentir pra si mesma que tudo poderia suportar. A ausência era convivência com a solidão. Para apaziguar sua inquietude precisou do silêncio mais profundo que alguém poderia imaginar. Percebeu que a dualidade esclarece o desejo e que é preciso distanciar-se de si para se encontrar. Esta dualidade implica o outro, não suportaria a serenidade, prefere a objetividade que a vida lhe dá. Já não há mais questionamentos dos sentimentos, há aceitação do sentir sem mentir, há um cansaço de estar só e uma angústia em conter a emoção" Por isso, fez um novo movimento, não de volta mas de recomeço!

Um comentário:

Anônimo disse...

Não se trata aí de mentir, mas de expressar diferenciadamente verdades que (talvez ainda) não podem aflorar. Não há culpa nem traição, mas adaptação da verdade à capacidade concreta de vivê-la. A verdade, assim como a felicidade, o amor, enfim, todas essas grandes "verdades" que jamais se conseguirá viver como verdades plenas, estão sempre à sombra das mentiras, dos infortúnios, dos desamores que elas próprias geram. Mas, de tão intensas que são, gozamos mesmo entrando em contato só com uma ínfima parte delas. Que choque fatal não seria estar diante de uma verdade nua e crua! E assim por diante.
Isso tudo para dizer que suas reflexões mexeram comigo: tempo, morte, solidão, silêncio... são meus temas preferidos. Bj.