domingo, 26 de maio de 2013

início

Contemplando o mar ela pensa em como não perde-se. O ar falta em seus pulmões, as lágrimas rolam com tanta intensidade que parecem o movimento das ondas ao  encontro das rochas. As ondas fazem um movimento contínuo... descontínuo mas as rochas não perdem a imponência em ser Rocha! Hoje ela encostou o rosto entre as mãos, pois não queria olhar para frente. O que não via não poderia existir. Mas ela percebeu que, ao olhar para dentro, rompia com a acomodação estabelecida. A dor que invade não chega de mansinho, ela irrompe, interrompe a calmaria...anunciando o fim. O fim do que foi um sonho,o fim do que foi desejado, o que sempre esteve nas entrelinhas. O sentimento é imutável, o querer perturbador e a dor demarca o seu lugar! Do alto da montanha ela pergunta qual é o seu lugar? Para aonde ir? Como será viver? Perguntas sem nenhuma resposta.O que ela sabia é que para sobreviver precisaria resistir e abandonar. Abandonar suas promessas, abandonar-se para seguir um caminho, novo, mas antes percorrido!

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