terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

casa

Os buracos que tenho não preencho!
     Preciso de cada um deles assim vazios para que possa revisitá-los e esconder-me um pouco. Quanto mais buracos encontro, mais tenho certeza que cada vão vivido é um oportunidade de crescimento e de profundo entendimento de quem sou. Tem dias que acordo e vejo qual dos buracos está pulsando mais. Aos poucos entro devagarinho, aconchego-me nele, concha, e escuto no silêncio as lembranças que precisam de um colo. Aprendi a dar colo às minhas dores. Aprendo a compreender meus vazios ao invés de querer desesperadamente preenchê-los com algo que não seja Eu. A cabeça encolhida faz o movimento de um caracol, volto para casa mais uma vez!

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