quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ela confessou seus sonhos mais loucos e seus medos mais insistentes. Relutou em perceber, que o tempo constrói as lembranças do que não aconteceu. O vão deixado pelos sonhos assombrava suas noites e encantava seus dias. Fitou o olhar perdido da sombra e encontrou o sorriso guardado na memória que não conseguia esquecer.
Olhando fixamente para o espelho seu olhar refletia mais do que ela poderia acreditar, tentava explicar que tudo não passava de uma grande loucura. Mas o que é viver senão deixar que a loucura faça parte da razão? Fechou os olhos e olhou para a estrela vista do seu quarto, buscando algo mágico, uma palavra, uma lembrança, um instante perdido em algum lugar do tempo. Nada foi suficiente, o caos instaurado da lembrança fazia parte dela como uma inscrição na alma. Sorriu para a expectativa sem medo de tentar ser feliz!

domingo, 30 de maio de 2010

Murro!

O poema no muro
não era pra ela
palavras sem sentido
deram o rumo que precisava.
Cessou a busca
olhou para o firmamento
respirou fundo.
Uma lágrima caiu lentamente
despedida de uma expectativa
certeza de um fim
que nem mesmo começou!

Ironia!

Sou uma parte do que penso ser
e outra que desconheço totalmente
Sou metáfora
antonímia
Procurando na síntese
a antítese vivida!

des conheço

Ao olhar em teus olhos
o desconhecido me fascina.
Ao ver em teus olhos
um pouco de mim
percebo que desconheço
o que realmente sei.

Contrato

Fiz um contrato com o Tempo
que ele espere o Vento lento
soprar os sonhos teus!

Só!

As palavras que professaste
ao vento
trouxeram um tempo de reconhecimento
dos meus sonhos
habito em tuas lembranças
reconhecendo na saudade vivida
a solidão que insiste em permanecer!