Em cada Nó desatado busco a imperfeição. O que saiu errado. O que não vi. O que não compreendi. Desatar para ressignificar. Ressignifico minha dor para que o entendimento tome a frente e paralise-a. A dor devora meus sonhos mas revelam também aquilo que não tem tradução!
Transformo dores, amores e sonhos em poesia vivida!
segunda-feira, 17 de março de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
rota
Ao mergulhar na imensidão do meu vazio
encontro lembranças que vivi intensamente
e outras que procuro esquecer.
Tenho em mim um olhar especial
que traduz com verdade o que sou.
Este olhar de encantamento e admiração
propõe a vida linear um desvio, uma nova rota.
Calço meus pés e desafio o vazio a revisitar
novas emoções.
domingo, 2 de março de 2014
creio
Gosto dos tons que revelam a noite em mim. Gosto das lembranças que dá voz aos meus dias. Gosto do silêncio que cala uma certeza dando espaço para a dúvida. Gosto do escuro que revela a luz dos meus dias. Gosto de cada tristeza revelada em alegria, em viver. Gosto de estar feliz! Gosto do ir e vir do mar que encantam o suspiro do poeta. Gosto do que ainda não escrevi, da ideia em ebulição. Gosto da pausa que acolhe um amor. Gosto do silêncio que nada diz mas tudo compreende-se. Gosto de caminhar sozinha em busca de uma nova trilha silenciosa, inquieta, profunda. Gosto das pessoas que amam sem julgar. Não compreendo um olhar que aniquila sem dar chance a possibilidade. Gosto de acreditar que amanhã será diferente.
jornada
Iniciamos uma jornada ao som de uma música trocada por e-mail. A música só fazia sentido cantarolada por ele. E para ele o cantarolar só tinha significado porque ela havia escrito com amor. Cada palavra dela escrita era desvendada, revelada e interpretada pela alma dele. Sairam sem rumo cantarolando amor e muita paixão. O medo, refém de outrora, deu espaço para a canção que com sua melodia e leveza ritmou aquele casal. Ela sorri envergonhada, percebe a interpretação dele ao cantar suas letras. Só ele conseguia entender que foi os vãos do tempo sofridos por ela que deram espaço para que ele pudesse assoviar a melodia do vento que agora soprava um som de esperança.
open
A porta abriu lentamente e um aroma disfarçava a tristeza do olhar. Entrei buscando encontrar as flores que marcariam o início do fim. O cheiro daquela sala vazia trazia a lembrança de um tempo de muitos silêncios, desencontros e reflexões. Andei devagar por cada peça despedindo-me. Em cada parede um traço marcado do que fui. Em cada vão a passagem para o novo. Não encontro nada além de ecos. Retorno com medo de ouvir passos que possam prender um desejo. Inicio um novo andar pé por pé.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Building
Nos espaços vazios da minha casa, aos poucos os móveis vão chegando. Um sofá e uma pequena poltrona ganham vida na minha história a partir de agora. Os espaços agora tão vazios revelam que são só meus. Preciso deste silêncio. Preciso destes espaços! Eles iniciarão um diálogo descobrindo meus quereres, minhas dores e amores. Aos poucos vou construindo uma nova história carregada de lembranças vividas mas também de momentos sonhados. Olho para a parede ainda branca sem retoques, sem espelhos, sem molduras. Fixo meu olhar e imagino o que nela posso criar! Estou feliz, este espaço em construção... metáfora de mim!
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
casa
Os buracos que tenho não preencho!
Preciso de cada um deles assim vazios para que possa revisitá-los e esconder-me um pouco. Quanto mais buracos encontro, mais tenho certeza que cada vão vivido é um oportunidade de crescimento e de profundo entendimento de quem sou. Tem dias que acordo e vejo qual dos buracos está pulsando mais. Aos poucos entro devagarinho, aconchego-me nele, concha, e escuto no silêncio as lembranças que precisam de um colo. Aprendi a dar colo às minhas dores. Aprendo a compreender meus vazios ao invés de querer desesperadamente preenchê-los com algo que não seja Eu. A cabeça encolhida faz o movimento de um caracol, volto para casa mais uma vez!
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