segunda-feira, 30 de junho de 2014

acaso?

No tempero da vida encontro a beleza em Ser. A cada pitada um novo sabor. Em cada sabor uma lembrança. Em cada lembrança um recomeço do que fui e do que sou. Olho para sombra dos nossos corpos. Ela denuncia o quanto te quero. Ela desvenda um amor cuidado por um encontro do acaso.

Azulado

Abri a porta para o instante da descoberta. Fechei os olhos esperando tua entrada. Tua presença marcou o tempo das nossas reticências, não acreditamos no ponto final. O eco dos nossos corpos dá vazão ao encontro silencioso. Nossas vozes sussurram o tom azul que imprimiu o encontro, amanhecemos em Nós!

domingo, 29 de junho de 2014

encontro


O gosto da tua boca na minha boca trouxe à memória sonhada um tempo em que a distância foi apenas uma desculpa para que nossos corpos encontrassem no vento o movimento certo de um até logo! 

sábado, 28 de junho de 2014

plural

O nó no peito anuncia a dor que está por vir. Busco estancar a vazão dessa emoção que chamo saudade. A minha saudade fica ali, num cantinho enviesado, esperando um vento para desdobrar-se. A medida que desdobra, sufoca a contenção libertando o amor em meus sonhos. Minha saudade aparece no espelho das minhas lembranças. A minha vida singular perdeu o encanto plural.

domingo, 15 de junho de 2014

janela

        A tristeza marca o tempo de um vento incerto que bateu na minha janela, sem pedir licença para entrar. Fechei os olhos e senti o vento forte acarinhando meu rosto. Puxei a cortina da razão para que este vento não encontrasse em meu caminho as lágrimas que deixei escapar. Por um tempo sei que este vento ainda trará lembranças minhas de um dia que fui vista com a janela do teu olhar.

suspiro da alma

        Percebi com o tempo que cada movimento tem o vento certo. Encontro no soprar de cada suspiro da minha alma o quão difícil é recomeçar. Precisei descortinar certezas, enganar o soluço da tristeza e resgatar o que sobrou de mim. Sei que as palavras fazem sentido no momento que dou vida à elas. Em cada palavra digitada um pouco de mim, revelada. Sou assim, inquieta, intensa em busca de respostas que não posso dar. Por isso espero, calmamente o vento que insiste em soprar trazendo você para mais perto das minhas lembranças que persistem em meu olhar. 

domingo, 8 de junho de 2014

distrair

E num sobressalto da minha alma inquieta observo a distração.  Engana-se quem acredita que estar distraído é apenas um ato de descuido.  Se prestarmos atenção no suspiro que dela advém,  descobriremos que ela revela onde realmente estamos de corpo e alma. Por isso, ao distrair-se delicie esta sensação de perder-se um pouco, abandonando certezas, abrindo espaços para grandes surpresas!