Sou a construção
a provocação
Sou o espanto
que aprendeu a ler
no corpo
o que não via, nem sentia.
Sou o que nunca pensei
Ajo como o Tempo
que tempera no vento
as saudades vividas
e as dores compreendidas!
Transformo dores, amores e sonhos em poesia vivida!
Por quanto tempo um amor pode durar? perguntei ao velho sábio sentado ao lado da maior figueira já vista. Ele olhou-me com a tranquilidade e sabedoria de quem sabe compreender o silêncio do tempo e calmamente falou: amor não tem tempo. Enquanto teus olhos lerem os dele, compreenderes os medos que pairam somente em que ama, entenderás que o amor é a capacidade de ir na brisa do vento escabelada, apaixonada em sentir. Olhou para baixo, alcançou para minhas mãos uma flor e com um pequeno gesto assoprou o que um dia eu chamei de proteção.