terça-feira, 26 de novembro de 2013

horizontalidade

Sou inquieta! Na inquietude em que vivo descubro a beleza em ser quem eu sou. A cada instante vivido, em cada dor suportada encontro um pouco mais de mim. O desconhecido faz a sensação do frio na espinha, conhecedor de quem não tem medo, virar o jogo. Gosto de jogar, gosto da aventura em saber sempre mais. Um bom jogador é aquele que vê na incerteza um novo caminho, um novo renascer. Renasço a cada dia nas situações mais insuportáveis e menos previsíveis. Somos capazes sim de ver sempre um novo caminho quando não se espera pelo horizonte. O horizonte é linear mas, são nas pequenas curvas que me encontro. Hoje, olho sempre para trás com o entendimento do que sobrevivi. Sobrevivo além do que espero de mim. Busco nos cantos em que habito sentido nas circunstâncias como são colocadas. Não sei viver na horizontal, preciso da verticalidade para desconstruir um horizonte que não existe. A impermanência é vista como arte e, criar raízes seguras é para quem não vê na vida a poesia invisível em sentir. 

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