quarta-feira, 30 de abril de 2014

sonhos


Ela chegou de mansinho, encostou seu corpo delicado no dele e sussurrou que podiam recomeçar.  No quarto, pequenas velas iluminavam o refúgio que o vento escolheu para libertar as palavras transcritas em versos. Ele com o olhar amoroso,  artesão das palavras, ouvia atento cada som saído pelos lábios daquela mulher e criava lindas imagens tatuadas pelo corpo. O que antes era dor e lágrima agora, transformada em lindos versos. O som que libertou a dor virou poesia!
Ele olha para ela e compreende que o poema que pousa nos olhares reflete o que é lido no corpo nu, vestido por transparências de sonhos  que um dia sonharam juntos.

Nenhum comentário: